A cortiça é um produto tipicamente português, sendo Portugal responsável por cerca de 61% da produção mundial de cortiça.
Apesar de ser extraída do sobreiro, a sua recolha não implica o corte da árvore e, devido à grande capacidade de regeneração do sobreiro, é possível extrair cortiça da mesma árvore diversas vezes durante a sua vida, com intervalos de 9 anos.
O próprio processo de produção de rolhas de cortiça emite quatro vezes menos dióxido de carbono que o das cápsulas de alumínio (segundo a Associação Portuguesa de Cortiça), tornado-as o produto mais sustentável para vedar as garrafas de vinho.
Depois de usada, a rolha deve ser reciclada e, embora a cortiça reciclada não possa ser novamente utilizada na indústria vinícola, pode servir para produzir aglomerados, painés para construção e revestimento, peças de decoração, solas de sapatos, etc.
Por isso deves sempre preferir garrafas com rolha de cortiça e depois de usada colocá-las no Rolhão para poderem ser recicladas.
Sobre o Sobreiro:
O sobreiro (Quercus suber) é uma árvore de tamanho
médio com aproximadamente 20 metros de altura. O tronco encontra-se revestido
por uma casca espessa de cor acinzentada, a cortiça. As folhas são
persistentes, com uma forma oval e margens denticuladas, um tamanho entre 2 e
10 cm, são verdes escuras na página de cima e por baixo têm uma fina cobertura
de pêlos brancos. As flores verde-amareladas surgem entre Abril e Junho e as
bolotas compridas amadurecem em Outubro quando passam de verdes para um
castanho-avermelhado. Estão adaptadas a um clima seco e quente, apesar de se
darem bem com humidade no ar, e não gostam de altitude. A importância económica
da cortiça em Portugal, usada na construção como isolador térmico e acústico,
no fabrico de rolhas, cortiços de abelhas, tapetes e actualmente até acessórios
de moda, é uma mais-valia para a sua plantação. A própria cortiça é um
ecossistema que abriga pequenos seres vivos como insectos, plantas, musgo,
líquenes e algas microscópicas.
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